- Mel…
- Não Tom. Nós não podemos estar juntos. Não é o nosso destino, percebes? – Mel pousou a sua mão sobre o rosto de Tom. Os seus olhos brilhavam com as lágrimas. Não queria ficar separada de Tom, mas sabia que o seu final não era ao lado dele. Tom pegou na mão de Mel, que se encontrava pousada na sua face, e lançou-lhe um olhar de súplica.
- Não Mel, não percebo. Se finalmente admitimos que nos amámos, porquê continuarmos separados?
- Tom, não compliques as coisas. Tu podes amar-me e eu acredito nisso, mas tu não me pertences. Tu pertences à tua namorada. Assim como eu. Eu amo-te, mas também não te pertenço. Posso ter acabado a minha relação com o Dan, mas sei que é com ele que vou ter o meio final. Não sei se triste ou não, isso só o tempo o dirá, mas sei que é com ele que o livro da minha vida acabará. Mas até lá, muitas páginas em branco estão ainda por escrever. – Mel sorriu e piscou o olho a Tom.
- Então isso quer dizer que entre nós nunca haverá nada? – Mel soltou uma pequena gargalhada. Tom estava realmente aflito com a explicação de Mel e aí sim, Mel pode constatar que os sentimentos de Tom por ela eram sinceros.
- Eu não disse isso, pois não?
- Tu deixas-me confuso…
- Talvez isto te ajude. – Mel beijou Tom. O beijo mais especial entre todos trocados até aí, porque fora o primeiro que Mel dava a Tom por vontade própria. Todos os outros foram o impulso do momento, e Mel arrependera-se de todos eles. Mas este era diferente, era único.