- Mel, de certeza que não te importas de fazer isto?
- Não Tom. Tu precisas de alguém do teu lado neste momento. – Mel deu um beijo na face de Tom, que sorriu. Saíram de casa de Tom de mãos dadas. Tom dirigiu-se ao seu jardim para apanhar a habitual rosa vermelha. Mel interceptou-o.
- Leva antes esta. – Disse passando para a mão de Tom uma rosa branca.
- A rosa branca simboliza a pureza dos teus sentimentos e o amor que
ainda sentes por ela. – Tom levantou-se e fixou a rosa. Era especialmente bonita. As suas pétalas eram perfeitas. O seu aroma agradável. Nunca tinha visto uma rosa tão bonita, entre todas que tinha levado para a sua namorada nas suas visitas à praia. A rosa trazia-lhe recordações. Agradáveis recordações.
*Início Flashback*
Raquel olhava através da janela para o dia triste e cinzento que se pintava no exterior. Os trovões faziam-se ouvir. A chuva batia fortemente na janela, como se quisesse entrar a todo o custo. Raquel sentiu uma mão no lado esquerdo da sua cintura. Fechou os olhos e sorriu. Tom sussurrou-lhe:
- Uma flor para outra flor. – Raquel abriu os olhos e Tom estendeu-lhe uma rosa. Uma rosa vermelha.
- Elogio mais piroso Tom. Que coisa antiga!
- Tu trocas-me as ideias todas e eu não consigo inovar. – Tom beijou a sua namorada cuidadosamente, como se tivesse medo de a magoar.
- E uma rosa vermelha? Isso é para quem já morreu, e eu não te tenciono deixar. – A rapariga sorriu. Os olhos de Tom sempre brilharam com aquele sorriso, e desta vez não foi excepção.
*Fim Flashback*
- Mas deixaste… - Sussurrou Tom. Uma lágrima rolou pela sua face, desaparecendo na perfeição da rosa.