Era noite, bem tarde. Tom preparava-se para se deitar. Ficara sentado na varanda do seu quarto na esperança de conseguir ver Mel mais uma vez. Acabou por desistir depois de bastante tempo de espera. Deitou-se e fechou os olhos, tentando adormecer. Mas na sua mente, só a imagem de Mel aparecia. Fechou os olhos com força na tentativa de fazer a imagem desaparecer.
- Pensavas que te ia deixar adormecer sem te desejar bons sonhos? – Tom abriu os olhos e à sua frente Mel sorria. Tom sorria também. Começava a aperceber-se de que Mel o fazia feliz. Fazia-o sorrir. Não sorrisos tristes, mas sorrisos de criança. Puros e inocentes.
- Como é que entraste?
- Se tivesses trancado a porta, eu não estaria aqui.
- E vieste aqui só para me desejares bons sonhos?
- E achas pouco?
- Não. Mas pensei que tinhas saudades minhas.
- Por acaso, até tinha. Mas também não tinha sono. O Dan adormeceu primeiro e eu decidi vir à tua procura.
- Ainda bem. Tens frio?
- Tenho. – Tom aproximou Mel de si e cobriu-a com a roupa da cama. Mel encostou a sua cabeça ao peito de Tom, onde podia ouvir o seu coração. Ambos fecharam os olhos, na esperança de adormecerem.
- Tom…
- Sim?
- Desculpa falar nisto, mas…
- Podes falar. Contigo eu não me importo.
- Tu costumas ir à campa da tua namorada? Eu sei que é uma pergunta esquisita, mas…
- Eu não posso ir.
- Porque não?
- Ela foi cremada e as suas cinzas atiradas ao mar. Quando já não consigo lidar com a saudade vou até à praia e levo-lhe uma flor. Deixo a flor ir com a maré e falo com ela. Conto-lhe como anda a minha vida e digo-lhe que continuo a amá-la.
- Ainda tu dizes que não a fazias feliz. – Mel aproximou os seus lábios do rosto de Tom e deu-lhe um pequeno beijo. Voltou a encostar a sua cabeça ao peito de Tom. Tom abraçou-a calorosamente, como fazia com a sua namorada, e deixaram-se os dois ser vencidos pelo sono.
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quinta-feira, 31 de julho de 2008
domingo, 27 de julho de 2008
"Happy ending?" ... 10º Capítulo
Tom baixou o olhar para que Mel não visse as lágrimas que haviam surgido nos seus olhos. Inevitavelmente, Mel reparou. Sentou-se na relva, descalçou as suas sapatilhas, levantou as calças e mergulhou os pés na água fria da piscina. Tom seguiu-lhe o exemplo.
- Aconteceu alguma coisa com ela, não aconteceu? Eu sei que estás triste.
- Sim, aconteceu.
- Sei que mal me conheces, mas se precisares de desabafar, eu posso ouvir. – Tom hesitou um pouco à proposta de Mel. Depois de ter aberto várias vezes a boca para tentar escolher as palavras certas, decidiu contar-lhe.
- Ela… ela partiu.
- Partiu? Queres dizer que acabaram?
- Não. Ela… morreu.
- Desculpa, não sabia. Deve-te custar imenso falar deste assunto.
- Sim, custa. Ela era tudo o que eu tinha, e de repente perdi tudo.
- Mas não tens mais ninguém? Família, amigos…
- Tenho a minha família e os meus amigos, claro. Mas ela era aquela pessoa que me completava. Tu deves perceber o que eu sinto. O teu namorado deve-te fazer bastante feliz.
- Sim, não me posso queixar. Mas a minha vida mudou muito graças a ele.
- Porquê?
- Ele é actor e vive em Londres. Eu vivia em Portugal. Não sei se conheces…
- Sim, conheço. A minha namorada era de lá.
- Pois… Bem, o meu pai é o manager do Dan e mudámo-nos para Londres. Foi assim que o conheci e agora namorámos. Tive que deixar tudo e todos por causa dele, mas não me arrependo de nada.
- Ele tem muita sorte em ter uma rapariga como tu do seu lado… - Mel pousou a sua mão sobre a de Tom e olhou-o nos olhos.
- Tenho a certeza que a tua namorada foi bastante feliz enquanto estiveram juntos. – Tom mostrou-lhe um sorriso como agradecimento do elogio. Um sorriso triste, mas ainda assim, um sorriso.
- Não tenho assim tanta certeza. Talvez se eu não tivesse entrado na sua vida, ela poderia ainda estar viva.
- Não digas isso Tom. O destino acabaria por ser cumprido. De uma maneira ou de outra.
- Mas se ela não estivesse comigo naquela altura, a nossa história podia ter um final diferente. Um final feliz.
- Tu estavas com ela, quando tudo aconteceu?
- Estava. Ela morreu á minha frente, para me proteger.
- Para te proteger?
- Sim. A minha banda tem imensos fãs, mas um enorme número de antis. E alguns deles reuniram-se para me tentarem matar.
- E como é que ela te protegeu?
- Foi num aeroporto. Eu estava-me a despedir dela, porque ia iniciar uma nova tour. Esses antis tentaram balear-me mas ela colocou-se à minha frente e atingiram-na a ela. Passou-se tudo em meros segundos, mas para mim pareceu uma eternidade. Vê-la cair nos meus braços e esvair-se em sangue… - Uma lágrima escorreu pelo rosto de Tom. Mel abraçou-o e Tom deixou-se ser aconchegado.
O telemóvel de Mel tocou e o abraço teve de ser quebrado. Mel olhou para o visor mas não atendeu, limitou-se a sorrir.
- Tenho de ir embora. Ficas aqui até quando?
- Até amanhã à tarde. Depois volto para Magdburg.
- Está bem. Pode ser que nos voltemos a ver. – Piscou-lhe o olho, levantou-se, pegou nas suas sapatilhas e deu um beijo na face de Tom.
- Espero que sim. – Tom ficou a vê-la afastar-se. Depois disso, levantou-se e regressou ao seu quarto de hotel.
- Aconteceu alguma coisa com ela, não aconteceu? Eu sei que estás triste.
- Sim, aconteceu.
- Sei que mal me conheces, mas se precisares de desabafar, eu posso ouvir. – Tom hesitou um pouco à proposta de Mel. Depois de ter aberto várias vezes a boca para tentar escolher as palavras certas, decidiu contar-lhe.
- Ela… ela partiu.
- Partiu? Queres dizer que acabaram?
- Não. Ela… morreu.
- Desculpa, não sabia. Deve-te custar imenso falar deste assunto.
- Sim, custa. Ela era tudo o que eu tinha, e de repente perdi tudo.
- Mas não tens mais ninguém? Família, amigos…
- Tenho a minha família e os meus amigos, claro. Mas ela era aquela pessoa que me completava. Tu deves perceber o que eu sinto. O teu namorado deve-te fazer bastante feliz.
- Sim, não me posso queixar. Mas a minha vida mudou muito graças a ele.
- Porquê?
- Ele é actor e vive em Londres. Eu vivia em Portugal. Não sei se conheces…
- Sim, conheço. A minha namorada era de lá.
- Pois… Bem, o meu pai é o manager do Dan e mudámo-nos para Londres. Foi assim que o conheci e agora namorámos. Tive que deixar tudo e todos por causa dele, mas não me arrependo de nada.
- Ele tem muita sorte em ter uma rapariga como tu do seu lado… - Mel pousou a sua mão sobre a de Tom e olhou-o nos olhos.
- Tenho a certeza que a tua namorada foi bastante feliz enquanto estiveram juntos. – Tom mostrou-lhe um sorriso como agradecimento do elogio. Um sorriso triste, mas ainda assim, um sorriso.
- Não tenho assim tanta certeza. Talvez se eu não tivesse entrado na sua vida, ela poderia ainda estar viva.
- Não digas isso Tom. O destino acabaria por ser cumprido. De uma maneira ou de outra.
- Mas se ela não estivesse comigo naquela altura, a nossa história podia ter um final diferente. Um final feliz.
- Tu estavas com ela, quando tudo aconteceu?
- Estava. Ela morreu á minha frente, para me proteger.
- Para te proteger?
- Sim. A minha banda tem imensos fãs, mas um enorme número de antis. E alguns deles reuniram-se para me tentarem matar.
- E como é que ela te protegeu?
- Foi num aeroporto. Eu estava-me a despedir dela, porque ia iniciar uma nova tour. Esses antis tentaram balear-me mas ela colocou-se à minha frente e atingiram-na a ela. Passou-se tudo em meros segundos, mas para mim pareceu uma eternidade. Vê-la cair nos meus braços e esvair-se em sangue… - Uma lágrima escorreu pelo rosto de Tom. Mel abraçou-o e Tom deixou-se ser aconchegado.
O telemóvel de Mel tocou e o abraço teve de ser quebrado. Mel olhou para o visor mas não atendeu, limitou-se a sorrir.
- Tenho de ir embora. Ficas aqui até quando?
- Até amanhã à tarde. Depois volto para Magdburg.
- Está bem. Pode ser que nos voltemos a ver. – Piscou-lhe o olho, levantou-se, pegou nas suas sapatilhas e deu um beijo na face de Tom.
- Espero que sim. – Tom ficou a vê-la afastar-se. Depois disso, levantou-se e regressou ao seu quarto de hotel.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
"Happy ending?" ... 9º Capítulo
Abriu os olhos na manhã seguinte. Ainda se encontrava nos braços de Dan. Este, ainda dormia profundamente. Teve o cuidado de sair do seu abraço sem o acordar. Levantou-se da cama e arranjou-se. Desta vez, optou por algo mais informal. Lançou um olhar sobre o casaco branco de Tom, e pensou numa maneira de lho entregar. Não lhe surgiu nenhuma ideia, e decidiu sair do quarto para tomar o pequeno-almoço. Dirigiu-se para a sala de refeições. Atrás dela, como habitual, ia Michael, o seu segurança.
- Bom dia Michael.
- Bom dia, menina Melinda.
- Hoje apetece-me dar um passeio pelo hotel.
- Com certeza, menina.
- Mas gostava de ir sozinha.
- Sabe que não a posso deixar ir sozinha. Tenho ordens para…
- Sim, eu sei quais são as suas ordens. Mas por favor… Deixe-me ir. Eu prometo que não saio do hotel. – Fez uma espécie de beicinho, exactamente como fazem as crianças. Michael acabou por aceitar o pedido, acenando afirmativamente com a cabeça. Mel mostrou-lhe um sorriso, e desceu para tomar o pequeno-almoço. Depois disso, dirigiu-se para o jardim. Encaminhou-se para perto da piscina, que se encontrava rodeada por um magnífico jardim. Sentiu alguém aproximar-se. Tapou-lhe a visão com as mãos e aproximou-se do seu ouvido.
- Prometes que desta vez não foges?
- Prometo. – Respondeu Mel. Tom retirou as suas mãos do rosto de Mel. Esta, voltou-se para ele. Tentou controlar-se, mas as suas pernas tremiam a cada toque de Tom.
- Desculpa – Pediu Mel. Tom libertou um pequeno sorriso.
- Não tem problema. Não percebo porque é que aquilo aconteceu. – Gerou-se o silêncio entre ambos. Nenhum dos dois tinha explicação para tal.
- Eu… Eu sinto que te conheço. – Começou Tom. Mel baixou o olhar e respondeu.
- Eu também. Sonho contigo todas as noites. – Tom tentou intervir, mas Mel impediu-o. Tinha começado a falar e queria contar-lhe tudo, antes que se viesse a arrepender. – Não sei explicar porquê. Mas é algo que simplesmente acontece…
- Eu conheço-te. Mas de uma maneira diferente. Fazes-me lembrar a minha ex-namorada.
- Bom dia Michael.
- Bom dia, menina Melinda.
- Hoje apetece-me dar um passeio pelo hotel.
- Com certeza, menina.
- Mas gostava de ir sozinha.
- Sabe que não a posso deixar ir sozinha. Tenho ordens para…
- Sim, eu sei quais são as suas ordens. Mas por favor… Deixe-me ir. Eu prometo que não saio do hotel. – Fez uma espécie de beicinho, exactamente como fazem as crianças. Michael acabou por aceitar o pedido, acenando afirmativamente com a cabeça. Mel mostrou-lhe um sorriso, e desceu para tomar o pequeno-almoço. Depois disso, dirigiu-se para o jardim. Encaminhou-se para perto da piscina, que se encontrava rodeada por um magnífico jardim. Sentiu alguém aproximar-se. Tapou-lhe a visão com as mãos e aproximou-se do seu ouvido.
- Prometes que desta vez não foges?
- Prometo. – Respondeu Mel. Tom retirou as suas mãos do rosto de Mel. Esta, voltou-se para ele. Tentou controlar-se, mas as suas pernas tremiam a cada toque de Tom.
- Desculpa – Pediu Mel. Tom libertou um pequeno sorriso.
- Não tem problema. Não percebo porque é que aquilo aconteceu. – Gerou-se o silêncio entre ambos. Nenhum dos dois tinha explicação para tal.
- Eu… Eu sinto que te conheço. – Começou Tom. Mel baixou o olhar e respondeu.
- Eu também. Sonho contigo todas as noites. – Tom tentou intervir, mas Mel impediu-o. Tinha começado a falar e queria contar-lhe tudo, antes que se viesse a arrepender. – Não sei explicar porquê. Mas é algo que simplesmente acontece…
- Eu conheço-te. Mas de uma maneira diferente. Fazes-me lembrar a minha ex-namorada.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
"Happy ending?" ... 8º Capítulo
Deixaram-se afundar no sorriso um do outro durante vários longos minutos. Não se preocuparam com o tempo que ali ficaram, nem se alguém já tinha dado pela sua falta. Apenas se concentravam em não quebrar o contacto visual. Os seus corpos iam-se juntando cada vez mais. Nenhum deles o conseguia impedir. Começavam a ouvir a respiração acelerada um do outro. Sem nenhum dos dois dar por nada, os seus lábios já se encontravam a milímetros de distância.
- Desculpa… Não posso. – Mel desviou o olhar e fugiu novamente. Tom ficara, mais uma vez, perplexo. Porque é que ela lhe fazia aquilo? Apenas tinham estado duas vezes juntos. E nessas duas vezes, Tom deixara-a escapar. Sentia um aperto no coração por ela ter fugido. Mel continuava a correr, até que finalmente chegara ao andar da festa. Continuava com o casaco de Tom vestido. Arrependeu-se rapidamente do que havia feito. Porque havia ela fugido? Fechou os olhos com força e desejou não estar ali. Desejou estar novamente no telhado junto de Tom. Apercebeu-se de que isso não seria possível e voltou abrir os olhos. A festa continuava a decorrer. Apressou-se a tirar o casaco de Tom e a voltar para junto de Dan.
- Então Mel? Demoraste imenso tempo.
- Pois. Desculpa.
- Aconteceu alguma coisa?
- Não. Estive só a retocar a maquilhagem.
- Está bem. Parece que a festa já deu o que tinha a dar. Vamos embora?
- Sim, vamos… A festa já deu mesmo o que tinha a dar. – Sussurrou baixinho, para que Dan não a interrogasse. Escondeu o casaco de Tom junto com as suas coisas, para que não o descobrissem. Quando regressaram ao hotel, Mel apressou-se a subir para o seu quarto, para guardar o casaco de Tom. Tinha de arranjar alguma maneira de o devolver. Talvez ele até estivesse hospedado no mesmo hotel. Deitou-se na cama, junto de Dan. Aconchegou-se no seu abraço e deixou que o sono a levasse. Tom voltou a aparecer. Voltou a beijá-la. Voltou a dizer que a amava. Mas desta vez, Mel não fugiu. Retribuiu-lhe os beijos e os “amo-te” que Tom lhe dirigiu.
- Desculpa… Não posso. – Mel desviou o olhar e fugiu novamente. Tom ficara, mais uma vez, perplexo. Porque é que ela lhe fazia aquilo? Apenas tinham estado duas vezes juntos. E nessas duas vezes, Tom deixara-a escapar. Sentia um aperto no coração por ela ter fugido. Mel continuava a correr, até que finalmente chegara ao andar da festa. Continuava com o casaco de Tom vestido. Arrependeu-se rapidamente do que havia feito. Porque havia ela fugido? Fechou os olhos com força e desejou não estar ali. Desejou estar novamente no telhado junto de Tom. Apercebeu-se de que isso não seria possível e voltou abrir os olhos. A festa continuava a decorrer. Apressou-se a tirar o casaco de Tom e a voltar para junto de Dan.
- Então Mel? Demoraste imenso tempo.
- Pois. Desculpa.
- Aconteceu alguma coisa?
- Não. Estive só a retocar a maquilhagem.
- Está bem. Parece que a festa já deu o que tinha a dar. Vamos embora?
- Sim, vamos… A festa já deu mesmo o que tinha a dar. – Sussurrou baixinho, para que Dan não a interrogasse. Escondeu o casaco de Tom junto com as suas coisas, para que não o descobrissem. Quando regressaram ao hotel, Mel apressou-se a subir para o seu quarto, para guardar o casaco de Tom. Tinha de arranjar alguma maneira de o devolver. Talvez ele até estivesse hospedado no mesmo hotel. Deitou-se na cama, junto de Dan. Aconchegou-se no seu abraço e deixou que o sono a levasse. Tom voltou a aparecer. Voltou a beijá-la. Voltou a dizer que a amava. Mas desta vez, Mel não fugiu. Retribuiu-lhe os beijos e os “amo-te” que Tom lhe dirigiu.
terça-feira, 22 de julho de 2008
"Happy ending?" ... 7º Capítulo
As luzes da enorme sala foram apagadas. A banda subira ao palco. As luzes haviam voltado, mas apenas no sítio onde a banda começava a actuar. Atrás deles, passavam as imagens de um videoclip. Bill debruçava-se com o microfone de uma maneira estranha ao cantar. Georg e Tom concentravam-se na melodia. Gustav dominava a bateria. Cantaram a música “Monsoon” com toda a garra, pois notava-se que queriam impressionar. A música avançava e o rosto de Mel reflectia admiração. A melodia invadia-a. Nunca pensou que podiam ter tanto talento. O último refrão havia chegado. Inesperadamente, uma queda de água caiu sobre a banda. Tal como a música dizia: “Através da tempestade.” Todos os presentes se admiraram com tamanho espectáculo. As fãs foram levadas ao delírio. Por toda a sala ouviam-se comentários de aprovação. A banda vibrou ainda mais com a água gelada que lhes caía em cima. Saíram os 4 do palco, gelados até aos ossos. Mel ficara deveras impressionada com a actuação. Tal como previsto, Mel e Dan dirigiram-se à after party no fim da cerimónia. O olhar de Mel dirigia-se a todo o lado, à procura de Tom. Por mais que procurasse, a sua silhueta não aparecia. Mel começava a ficar ansiosa por puder ver mais uma vez o olhar penetrante de Tom.
- Vou ao WC. – Informou Mel. Imediatamente, um dos seguranças que os acompanhavam se aproximou.
- Eu vou sozinha Michael. Não demoro. – Sem dar tempo nem ao segurança, nem a Dan de argumentarem, virou costas. Conseguia sentir o olhar de ambos cravados em si. Virou a esquina em direcção ao WC. A sua intenção nunca fora ir verdadeiramente à casa de banho, mas sim tentar ir ao telhado. Quando se certificou que Dan e o segurança tinham desviado o olhar, entrou num elevador e subiu até ao último andar. O muro do topo do edifício fazia uma espécie de varanda. Mel dirigiu-se até lá. Observou as estrelas com todo o cuidado que estas pediam. Um sopro de vento frio passou por ela, fazendo-a arrepiar-se. Cruzou os braços, numa tentativa de se aquecer. Tremia cada vez mais, mas não queria sair dali. Sentiu algo quente cair nos seus ombros. Apressou-se a vestir o casaco que alguém lhe havia oferecido. Virou-se para o seu lado esquerdo e o olhar que tanto procurou, voltou a invadi-la. O seu coração saltou e o seu corpo aqueceu-se.
- Tom Kaulitz, prazer.
- Melinda Allen, prazer. – Nos lábios de ambos, um sorriso se formou. Talvez o sorriso mais puro e inocente que toda esta história acabaria por trazer.
- Vou ao WC. – Informou Mel. Imediatamente, um dos seguranças que os acompanhavam se aproximou.
- Eu vou sozinha Michael. Não demoro. – Sem dar tempo nem ao segurança, nem a Dan de argumentarem, virou costas. Conseguia sentir o olhar de ambos cravados em si. Virou a esquina em direcção ao WC. A sua intenção nunca fora ir verdadeiramente à casa de banho, mas sim tentar ir ao telhado. Quando se certificou que Dan e o segurança tinham desviado o olhar, entrou num elevador e subiu até ao último andar. O muro do topo do edifício fazia uma espécie de varanda. Mel dirigiu-se até lá. Observou as estrelas com todo o cuidado que estas pediam. Um sopro de vento frio passou por ela, fazendo-a arrepiar-se. Cruzou os braços, numa tentativa de se aquecer. Tremia cada vez mais, mas não queria sair dali. Sentiu algo quente cair nos seus ombros. Apressou-se a vestir o casaco que alguém lhe havia oferecido. Virou-se para o seu lado esquerdo e o olhar que tanto procurou, voltou a invadi-la. O seu coração saltou e o seu corpo aqueceu-se.
- Tom Kaulitz, prazer.
- Melinda Allen, prazer. – Nos lábios de ambos, um sorriso se formou. Talvez o sorriso mais puro e inocente que toda esta história acabaria por trazer.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
"Happy ending?" ... 6º Capítulo
A cerimónia passava-se à volta de Mel. O seu corpo encontrava-se ali, mas a sua mente viajava pelas recordações dos seus sonhos. Só pensava em Tom. Queria voltar a encontrá-lo. Precisava de o fazer. Dan continuava a falar com ela, apesar de só acenar afirmativamente com a cabeça às suas perguntas.
- Mel, é a minha vez de entregar um dos prémios. Ficas bem?
- Sim, claro. – Não tomou muita atenção ao que Dan lhe tinha dito. Viu-o encaminhar-se para os bastidores da cerimónia. Tentava lembrar-se da categoria que ele iria apresentar. “Best Inter Act”, pensou. Ouviu a voz de Dan a anunciar o vencedor da categoria. Uma banda chamada “Tokio Hotel”. Dirigiu o seu olhar para o palco. Viu quatro figuras dirigirem-se para lá, eufóricas de alegria. Quatro rapazes cumprimentaram Dan e agradeceram-lhe. Mel reconheceu-o de imediato. Era Tom, o rapaz do elevador. O rapaz que ela não conhecia e mesmo assim tinha beijado. Apesar de Tom parecer estar feliz, Mel sabia que isso não era verdade. Notava o seu sofrimento no olhar. Prometeu para si mesma tentar ajudá-lo, mesmo não sabendo como. Viu a banda sair do palco, em êxtase. Minutos depois, Dan regressou à sua companhia.
- Mel, a cerimónia está prestes a acabar. Só faltam alguns prémios e actuações, como da banda a quem entreguei agora o prémio. Ficámos para a after show party, ou preferes voltar para o hotel?
- Podemos ficar. Ou tu queres ir embora?
- Não. Também prefiro ficar e divertir-me um pouco. – Mel quis ficar não pela festa, mas sim pela banda. Queria tentar ter o mínimo contacto possível com Tom. A última actuação havia, finalmente, chegado.
- Mel, é a minha vez de entregar um dos prémios. Ficas bem?
- Sim, claro. – Não tomou muita atenção ao que Dan lhe tinha dito. Viu-o encaminhar-se para os bastidores da cerimónia. Tentava lembrar-se da categoria que ele iria apresentar. “Best Inter Act”, pensou. Ouviu a voz de Dan a anunciar o vencedor da categoria. Uma banda chamada “Tokio Hotel”. Dirigiu o seu olhar para o palco. Viu quatro figuras dirigirem-se para lá, eufóricas de alegria. Quatro rapazes cumprimentaram Dan e agradeceram-lhe. Mel reconheceu-o de imediato. Era Tom, o rapaz do elevador. O rapaz que ela não conhecia e mesmo assim tinha beijado. Apesar de Tom parecer estar feliz, Mel sabia que isso não era verdade. Notava o seu sofrimento no olhar. Prometeu para si mesma tentar ajudá-lo, mesmo não sabendo como. Viu a banda sair do palco, em êxtase. Minutos depois, Dan regressou à sua companhia.
- Mel, a cerimónia está prestes a acabar. Só faltam alguns prémios e actuações, como da banda a quem entreguei agora o prémio. Ficámos para a after show party, ou preferes voltar para o hotel?
- Podemos ficar. Ou tu queres ir embora?
- Não. Também prefiro ficar e divertir-me um pouco. – Mel quis ficar não pela festa, mas sim pela banda. Queria tentar ter o mínimo contacto possível com Tom. A última actuação havia, finalmente, chegado.
sábado, 19 de julho de 2008
"Happy ending?" ... 5º Capítulo
Correu o mais que pode. Trancou-se numa das casas de banho do edifício. Mirou o seu reflexo no espelho. Continuava elegantemente apresentável, apesar do seu ar ofegante. Algo na sua face se encontrava diferente. A lágrima que deixara cair, marcara o seu rosto. Sentia-se fraca. Não por ter corrido, mas pelo beijo que trocara com Tom. Pensava naquele cenário todo, e nada lhe fazia sentido. Como poderia alguém como ele existir? Pensava nele como sendo o seu príncipe encantado, que nunca iria encontrar. Mas isso havia mudado. Ele aparecera. Como fora ela beijá-lo? Não encontrava explicação. Repetiu para si, vezes sem conta, a mesma frase. “Não o podias ter feito. O Dan não o merecia.” Lavou a cara com água, de maneira que a marca da lágrima desapareceu. Ganhou coragem e saiu da casa de banho. Na sua direcção, encaminhavam-se 3 homens. Dois deles, de aspecto musculado e vestidos de perto. Aparentavam ser seguranças. O outro era apenas um rapaz nos seus perfeitos 18 anos. Estrutura média, magro, cabelo castanho claro e curto. Os seus olhos eram de um azul claro e profundo.
-Estás bem Mel? – Perguntou-lhe Dan com um tom preocupado.
- Sim Dan, estou. – Não o olhava nos olhos. Tinha medo que ele descobrisse que ela beijara outro rapaz.
- Mel… - Levantou-lhe o queixo. O seu olhar azul invadiu-a. Mel lutou com todas as suas forças contra as lágrimas. – Pareces distante… Passou-se alguma coisa?
- Não. Apenas me doía a cabeça. – Dan abraçou-a, como se a quisesse proteger. Em seguida, beijou-a. Mel sentiu-se estranha. Já não gostava do seu beijo. Já não o queria. Desejou sentir os lábios de Tom, apesar de saber que isso seria impossível.
- Vamos? A cerimónia está prestes a começar.
- Sim, vamos…
-Estás bem Mel? – Perguntou-lhe Dan com um tom preocupado.
- Sim Dan, estou. – Não o olhava nos olhos. Tinha medo que ele descobrisse que ela beijara outro rapaz.
- Mel… - Levantou-lhe o queixo. O seu olhar azul invadiu-a. Mel lutou com todas as suas forças contra as lágrimas. – Pareces distante… Passou-se alguma coisa?
- Não. Apenas me doía a cabeça. – Dan abraçou-a, como se a quisesse proteger. Em seguida, beijou-a. Mel sentiu-se estranha. Já não gostava do seu beijo. Já não o queria. Desejou sentir os lábios de Tom, apesar de saber que isso seria impossível.
- Vamos? A cerimónia está prestes a começar.
- Sim, vamos…
sexta-feira, 18 de julho de 2008
"Happy ending?" ... 4º Capítulo
A rapariga fica preocupada perante a falta de reacção de Tom. Interroga-o novamente.
- Já nos conhecemos? – As memórias dos seus sonhos invadiam a sua mente. Recordava-se do sorriso resplandecente do rapaz que se encontrava à sua frente. Do brilho do seu olhar. Mas nada disso parece igual. O sorriso desaparecera. O brilho do olhar apagara-se. Recordava-se do seu nome: Tom.
- Raquel… - Finalmente Tom reagira. Abraçou a rapariga com todas as suas forças e deixou que lágrimas escorressem pelo seu rosto. A rapariga não o impediu de o fazer. Reconhecia o abraço. O abraço que ela sentia nos seus sonhos. Amarrou-o também. Afagou-lhe as rastas, tal como o já o tinha feito em sonhos. Sussurrou-lhe. “Tem calma. Eu estou aqui, vai correr tudo bem.” Não sabia se Tom a entendia, mas não se importou com isso. Deixou que as lágrimas de Tom se escondessem no seu vestido. Sentiram um abanão no elevador, que de seguida parou. Encravara, talvez, no melhor momento. Continuavam abraçados, sem se preocuparem com a situação. Deixaram-se cair de joelhos. As lágrimas de Tom pareciam não cessar. A rapariga levantou-lhe o queixo e sem pensar em mais nada, juntou os seus lábios com os de Tom. Este, retribuiu o beijo. Ambos conheciam o sabor dos lábios um do outro, mas nenhum sabia porquê. Tinha sido a primeira vez que se tinham visto e talvez a mais especial e única. Quebraram o beijo e encostaram a testa um no outro. Dos olhos dos dois, uma gota de água quente escorreu. O elevador regressou ao funcionamento. A porta abriu. Ambos se levantaram. Inexplicavelmente, a rapariga virou costas a Tom e correu para longe do elevador.
- Já nos conhecemos? – As memórias dos seus sonhos invadiam a sua mente. Recordava-se do sorriso resplandecente do rapaz que se encontrava à sua frente. Do brilho do seu olhar. Mas nada disso parece igual. O sorriso desaparecera. O brilho do olhar apagara-se. Recordava-se do seu nome: Tom.
- Raquel… - Finalmente Tom reagira. Abraçou a rapariga com todas as suas forças e deixou que lágrimas escorressem pelo seu rosto. A rapariga não o impediu de o fazer. Reconhecia o abraço. O abraço que ela sentia nos seus sonhos. Amarrou-o também. Afagou-lhe as rastas, tal como o já o tinha feito em sonhos. Sussurrou-lhe. “Tem calma. Eu estou aqui, vai correr tudo bem.” Não sabia se Tom a entendia, mas não se importou com isso. Deixou que as lágrimas de Tom se escondessem no seu vestido. Sentiram um abanão no elevador, que de seguida parou. Encravara, talvez, no melhor momento. Continuavam abraçados, sem se preocuparem com a situação. Deixaram-se cair de joelhos. As lágrimas de Tom pareciam não cessar. A rapariga levantou-lhe o queixo e sem pensar em mais nada, juntou os seus lábios com os de Tom. Este, retribuiu o beijo. Ambos conheciam o sabor dos lábios um do outro, mas nenhum sabia porquê. Tinha sido a primeira vez que se tinham visto e talvez a mais especial e única. Quebraram o beijo e encostaram a testa um no outro. Dos olhos dos dois, uma gota de água quente escorreu. O elevador regressou ao funcionamento. A porta abriu. Ambos se levantaram. Inexplicavelmente, a rapariga virou costas a Tom e correu para longe do elevador.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
"Happy ending?" ... 3º Capítulo
Uma figura feminina faz o seu olhar paralisar. Tom não pensa duas vezes e encaminha-se até ela. O seu ritmo cardíaco acelera, fazendo-o transpirar. Tom aproxima-se o suficiente para ouvir a rapariga falar em inglês. O seu corpo arrepia-se. A rapariga desvia o olhar, encontrando-se com o de Tom. Este, fica imóvel e sem reacção. Os olhos castanhos chocolate da rapariga, atravessam-no. “Como é que alguém pode ser tão parecido com ela?” Pensa Tom. O cabelo castanho-escuro, levemente ondulado da rapariga, fazia-o lembrar a sua namorada. Os seus lábios eram exactamente iguais. A sua pele morena, lisa e macia recordava-lhe momentos esquecidos. O vestido branco que trazia, acentuava-lhe na perfeição. Os olhos de Tom ficam enublados, devido às lágrimas que se começam a formar. Um segurança dirige-se à rapariga, fazendo-a quebrar o contacto visual com Tom. Esta, encaminha-se para um dos elevadores, por ordem do segurança. Inevitavelmente, Tom segue-a. Entram os dois no elevador. A porta fecha-se, deixando-os sozinhos. Tom sente o perfume doce que a rapariga traz. O seu corpo treme. Também a rapariga se sente um pouco nervosa, sob o olhar fixador de Tom. Sente que o conhece, que já o viu, que já teve uma história com ele. Mas apercebe-se de que isso é algo impossível porque lembrar-se-ia. Vira-se frente a frente para Tom. Reconhece-o dos seus sonhos. O rapaz que todas as noites aparece dizendo que a ama. Não acredita no que está a acontecer. Toda esta situação é demasiado irreal.
- Desculpa, eu conheço-te? – Pergunta ela timidamente, no seu inglês perfeito. Tom não responde, não pestaneja, não reage.
- Desculpa, eu conheço-te? – Pergunta ela timidamente, no seu inglês perfeito. Tom não responde, não pestaneja, não reage.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
"Happy ending?" ... 2º Capítulo
Uma semana se passou. Nessa semana, não houve um único dia em que Tom não pensasse na tal rapariga. Ela percorria a sua mente como se a cabeça de Tom lhe pertencesse. O desejo de a conhecer começava a manifestar-se. O puro sorriso que a rapariga transmitia nas fotos, repetia-se e repetia-se no pensamento de Tom. Estava a deixá-lo obcecado. Contava todas as horas até aos EMA, que esse ano se realizavam em Munique. Desejava com todas as suas forças, que a rapariga surgisse à sua frente. Podia ser por apenas meros segundos, mas Tom sentia a necessidade de comprovar que ela existia. Felizmente para Tom, o tal dia rapidamente chegou. Sentia-se estranhamente nervoso. Não aquele nervos normal, ao qual já se encontrava habituado devido aos concertos. Este nervoso miudinho era outro. Como se ele percebesse que algo de importante se iria passar. Os 4 elementos da banda aprumaram-se mais do que o habitual. Bill vestiu umas calças brancas, camisola igualmente branca, umas sapatilhas adidas, brancas, e um casaco de cabedal, castanho. Combinou os melhores acessórios. Espetou cuidadosamente o seu cabelo. Georg esticou o seu mais do que o normal. Calças de ganga escura, camisola preta, casaco também preto e umas sapatilhas brancas, davam-lhe o estilo necessário para essa noite. Gustav, também todo vestido de preto, sentia-se perfeito. E por fim, Tom. Calças de ganga escura, camisola, casaco e sapatilhas, brancos. Prendeu as suas longas rastas no habitual gorro preto. Sem esqecer o seu acessório de marca: o boné. Desta vez, um vermelho e branco. Todos colocaram os seus melhores sorrisos e dirigiram-se para o edifício onde decorreria a entrega de prémios. Dominaram a red carpet. Sentiram-se bem, no topo do mundo, com todos aqueles jornalistas e fotógrafos, todos com o olhar posto neles. Um jornalista do canal de música MTV, aproxima-se dos 4 rapazes e faz-lhes algumas perguntas, enquanto tudo é capturado por máquinas fotográficas e de vídeo. Como habitual, Bill responde com todo o ânimo possível e imaginário. Os outros 3 elementos abanam afirmativamente a cabeça, para apoiar as respostas de Bill. Tom desvia por segundos o seu olhar para o fim da red carpet.
terça-feira, 15 de julho de 2008
"Happy ending?" ... 1º Capítulo
Olá! Bem, a pedido da administração do blog, vou postar aqui a minha fic. Ainda não está terminada, mas já está bastante adiantada. Postarei um capítulo por dia. Atá agora as reacções à fic têm sido bastante boas, espero que também seja do vosso agrado!
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“Nova namorada de Daniel Radcliffe é portuguesa, de origens britânicas, com a mesma idade do jovem actor. O casal aparenta estar super apaixonado…”
Tom Kaulitz lê e observa esta artigo acompanhado de uma foto do dito casal, que foi publicado na revista alemã “Popcorn”. Três dos elementos da famosa banda “Tokio Hotel” encontram-se reunidos no quarto do 4º elemento da banda, Bill Kaulitz. Tom, seu gémeo, encontra-se sentado numa poltrona perto da varanda, com a dita revista no colo. Georg Listing, o Hobbit, afina um dos seus muitos baixos em cima da cama. Gustav Schäfer, baterista da banda, “pratica” exercícios de bateria, numa bateria imaginária, enquanto ouve música. Finalmente, Bill kaulitz, aquele que dá a cara pelo grupo, entra calmamente no quarto, cantarolando uma música de Neena.
- A ler revistas de meninas, Tommy? – Pergunta Georg.
- Minha querida, - Goza Tom – gosto de saber o que dizem as revistas jovens sobre nós.
- Mas não me parece que o “Harry Potter” faça parte da nossa banda. – Intervém Bill, aproximando-se o suficiente de Tom para visualizar uma foto do célebre actor.
- Eu sei. A mim não me interessa o gajo. A namorada é que é boa!!
- Não mudas mesmo, pois não? – Pergunta Georg com ar despreocupado.
- Prometi a alguém que não o faria. – Responde-lhe Tom, com uma ponta de tristeza na sua grossa voz.
- Ouvi dizer que ele vai entregar um prémio nos EMA da próxima semana.
- Espero que leve a namorada.
- És crente de que vais estragar o namoro deles em apenas uma noite?
- Pensei que já sabias que não deves duvidar do meu poder de sedução, Georgi.
- Vai sonhando…
- Deixa lá ver a foto da rapariga… - Pede Bill.
- Delicia-te. – Tom atira a revista a Bill, que se encontra a revirar uma das suas malas à procura de uma das suas muitas camisolas.
- Bem, ela é mesmo parecida com a Raquel… - Bill arrepende-se do que acabou de dizer, quando vê Tom estremecer ao ouvir o nome da rapariga.
- Desculpa Tom. Foi sem intenção.
- Eu sei Bill. Não te preocupes. – Tom fala com o choro na voz, apesar de tentar disfarçar. Levanta-se da poltrona.
- Depois passa a revista ao Listing. Pode ser que ele aprenda alguma coisa nas páginas em que fala de sexo.
- Tu é que tens muito que aprender comigo, meu caro.
- Nem nos teus melhores sonhos, amigo.. – Tom caminha em direcção à porta do quarto, pegando na sua guitarra.
- Onde vais?
- A um sítio especial… - Tom sai e deixa a porta fechar-se atrás de si. Nesse momento, Gustav regressa à realidade.
- Passou-se alguma coisa malta?
- Não Gusti. – Tom entra num dos elevadores e pressiona o botão do último andar. O elevador sobe e as lágrimas nos olhos de Tom ganham cada vez mais consistência. O elevador pára. Tom sai e sobe um lance de escadas, tornando-se cada vez mais difícil para ele, combater as lágrimas. Abre a porta de acesso ao telhado. Caminha até chegar ao rebordo do edifício, onde se senta com as pernas do lado de fora. Coloca a sua guitarra nas mãos e começa a tocar e a cantar baixinho:
“Ich schrei in die Nacht für Dich.
Lass mich nicht im Stich
Spring Nicht
Die Lichter fangen Dich nicht
Sie betrügen Dich
Spring Nicht
Erinner Dich
an Dich und mich
Die Welt da unten zählt nicht
Bitte spring Nicht”
Tocou as últimas notas do refrão da música com o seu olhar centrado no pôr-do-sol laranja. Bill senta-se ao lado de Tom.
- Sempre essa música…
- Ela gostava. – Tom tira um maço de cigarros de um dos bolsos das suas calças.
- E também sei que ela não gostava que tu fumasses.
- Mas eu adorava quando ela se fingia de zangada comigo por causa disto.
- Eu lembro-me…
- Mas tens razão, ela não gostava. – Tom atira o maço de cigarros do edifício abaixo.
- Às vezes, gostava de puder largar tudo e todos e de ir ter com ela. Esteja ela onde estiver.
- Ainda bem que não o fazes.
- Sabes muito bem porquê…
- Pois sei. Tom, temos de ir.
- Eu sei. Vamos lá. – Descem até à entrada do hotel, para se reunirem com o resto da banda.
No concerto dessa noite, como habitual, a banda arrasou. Mas na mente de Tom, duas pessoas reinavam: a namorada e de Daniel Radcliffe e a sua rapariga…
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