A rapariga fica preocupada perante a falta de reacção de Tom. Interroga-o novamente.
- Já nos conhecemos? – As memórias dos seus sonhos invadiam a sua mente. Recordava-se do sorriso resplandecente do rapaz que se encontrava à sua frente. Do brilho do seu olhar. Mas nada disso parece igual. O sorriso desaparecera. O brilho do olhar apagara-se. Recordava-se do seu nome: Tom.
- Raquel… - Finalmente Tom reagira. Abraçou a rapariga com todas as suas forças e deixou que lágrimas escorressem pelo seu rosto. A rapariga não o impediu de o fazer. Reconhecia o abraço. O abraço que ela sentia nos seus sonhos. Amarrou-o também. Afagou-lhe as rastas, tal como o já o tinha feito em sonhos. Sussurrou-lhe. “Tem calma. Eu estou aqui, vai correr tudo bem.” Não sabia se Tom a entendia, mas não se importou com isso. Deixou que as lágrimas de Tom se escondessem no seu vestido. Sentiram um abanão no elevador, que de seguida parou. Encravara, talvez, no melhor momento. Continuavam abraçados, sem se preocuparem com a situação. Deixaram-se cair de joelhos. As lágrimas de Tom pareciam não cessar. A rapariga levantou-lhe o queixo e sem pensar em mais nada, juntou os seus lábios com os de Tom. Este, retribuiu o beijo. Ambos conheciam o sabor dos lábios um do outro, mas nenhum sabia porquê. Tinha sido a primeira vez que se tinham visto e talvez a mais especial e única. Quebraram o beijo e encostaram a testa um no outro. Dos olhos dos dois, uma gota de água quente escorreu. O elevador regressou ao funcionamento. A porta abriu. Ambos se levantaram. Inexplicavelmente, a rapariga virou costas a Tom e correu para longe do elevador.
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