Na foto, Tom e Raquel olhavam apaixonadamente um para o outro e sorriam. Tom segurava a mão da sua namorada e colocava-lhe um anel. Raquel deixava as suas lágrimas de felicidade escorrerem pelo seu rosto.
- Prometo que não me voltarei a apaixonar. Sou teu e só teu. – Sussurrou Tom para a foto. Pousou os seus lábios sobre ela, na esperança de selar a promessa. Levantou-se e voltou a guardar a foto. Limpou as lágrimas que haviam aparecido nos seus olhos. Bill entrou no seu quarto e sentou-se na cama de Tom.
- Precisas de alguma coisa?
- Era preciso teres respondido daquela maneira ao Georg?
- Ele não tem de falar do que não sabe.
- Tens razão. Ele não sabe o que é estar apaixonado. Mas tu devias compreender. Também tu já foste assim.
- Mas mudei. E também ele o devia fazer.
- Sabes bem que isso não é assim Tom. Tu não mudaste porque quiseste. Mudaste porque a Raquel entrou na tua vida.
- E agradeço todos os dias por isso, apesar de ela já não estar comigo.
- Eu sei disso. Mas talvez esteja na altura de refazeres a tua vida.
- Ela era a minha vida. E eu perdi-a.
- Pensas que ela ia ficar feliz, se te ouvisse dizer isso?
- Eu sei que não. Mas sou eu que tenho de decidir. E a minha decisão está tomada. Não me voltarei a apaixonar. E nada do que digas ou faças, vai mudar isso.
- Vou deixar que percebas sozinho que não mandas no coração. – Bill levantou-se e dirigiu-se até à porta.
- Tu não percebes, pois não? Nem podes, quando nunca perdeste a pessoa que amas para sempre. – Bill parou e dirigiu-se até Tom.
- Tens razão, não percebo. Mas eu sinto a tua dor como se fosse minha. – Bill abraçou Tom. Tom chorou. Chorou até não ter mais lágrimas. Desde a morte da sua namorada ainda não tinha deixado toda a mágoa sair e o abraço do irmão fazia-lhe bem. Fazia Tom compreender que não estava sozinho no mundo, apesar de ter perdido a pessoa que mais amava.
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