- Nós… somos iguais.
- Por isso eu tive aquela reacção da primeira vez que te vi. Pensei que eras ela.
- Gostava de ser. Para puder voltar a fazer-te sorrir. – Tom levantou-se e dirigiu-se até à sua cama. Levantou a almofada que lá se encontrava e pegou numa foto. Voltou para junto de Mel e colocou também essa foto na sua mão. Mel visualizou-a com todo o cuidado.
- Nunca me separo dessa foto. Foi o último momento que passámos juntos e o mais especial, porque depois disso, tornei-a inteiramente minha, pela primeira vez.
- Estavas a pedi-la em casamento?
- Não. Éramos exageradamente novos, apesar de eu não me importar de o ter feito. Estava apenas a dar-lhe uma prova do meu amor.
- Vocês nunca tinham tido relações?
- Ela achava que para provar o amor entre duas pessoas não era necessário haver sexo. E eu nunca a pressionei. Por isso da primeira vez que o fizemos, foi especial e única.
- E foi depois disso que ela…
- Sim. Ela faleceu no dia seguinte. – Tom proferiu estas últimas palavras com as lágrimas a surgirem nos seus olhos. Ainda lhe era demasiado difícil admitir a morte da sua namorada, apesar de já ter passado imenso tempo. Mel aproximou-se de Tom e deixou-se ser abraçada. Lentamente, o abraço foi-se tornando numa coisa mais íntima. Os seus lábios aproximavam-se cada vez mais. Mel pensava em Dan e no que lhe iria fazer se beijasse Tom. Perdeu as suas forças e não resistiu aos lábios de Tom. Tom pousou a sua mão direita sobre a delicada cintura de Mel, fazendo-a aproximar-se ainda mais. Deitou-se no chão, com Mel em cima de si. O telemóvel de Mel tocava. Tom não a largava, nem Mel queria que Tom o fizesse realmente.