- Mel que se passou? Aconteceu alguma coisa com o Dan?
- Não. Eu e ele chateamo-nos.
- Pensei que tinha acontecido algo de grave.
- Isto é grave Tom!
- Eu sei, desculpa.
- Detesto chatear-me com ele.
- Mas afinal, chatearam-se porquê?
- Não te quero contar por telemóvel. Podemos encontrar-nos?
- Claro que sim. Vem até minha casa. Se quiseres passas aqui a noite, para as coisas acalmarem.
- Está bem. Vou só buscar as minhas coisas e vou para aí. Obrigada Tom.
- De nada. Tudo o que eu quero é ver-te bem. Vá, estou à tua espera. Beijinhos.
- Beijinhos. – Mel não pôde evitar corar ligeiramente, quando ouviu as palavras de Tom. Desligou o telemóvel e voltou ao seu quarto de hotel. Dan já lá não se encontrava. Mel arrumou algumas roupas numa mochila e dirigiu-se à recepção do hotel.
- Boa noite menina Melinda.
- Boa noite. Seria possível chamar-me um táxi?
- Claro que sim menina. – O recepcionista pegou num dos telefones e, no seu alemão perfeito, pediu um táxi. Minutos depois, o taxista apitava à porta do hotel.
- O táxi chegou menina.
- Sim, obrigada. Será possível fazer-me um favor?
- Claro menina.
- Se o Daniel perguntar por mim, diga-lhe que não passo cá a noite, mas que não precisa de se preocupar.
- Com certeza menina. – Mel sorriu ao recepcionista e dirigiu-se ao táxi. Chovia fortemente, o que fazia com que não se visse ninguém na rua. Mel indicou a rua de Tom ao taxista. Quinze minutos depois, o táxi parava em frente da grande casa, já familiar a Mel. Mel correu até à porta, na tentativa de não ficar encharcada. Tocou à campainha e Tom abriu-lhe a porta com um sorriso.