Voltou para casa, onde ainda tudo se encontrava em silêncio. Subiu para o seu quarto. Mel continuava a dormir pacificamente. Tom ajoelhou-se ao lado da cama e afagou-lhe o cabelo. Passou a sua mão sobre a face de Mel. Percorreu cada traço do seu rosto com todo o cuidado. Mel estremeceu e abriu os olhos. Sorriu imediatamente ao ver Tom.
- Bom dia.
- Bom dia Tom. Já estás a pé?
- Sim. Precisei de sair. Esclarecer sentimentos, entendes?
- Acho que sim.
- E tu? Estás melhor?
- Sim. Só tenho de falar com o Dan e volta tudo ao normal.
- Vais voltar para ele? – Tom falou com a tristeza na voz. Não queria perder Mel. Iria custar-lhe vê-la novamente com Dan quando finalmente tinha admitido que se voltara a apaixonar.
- Não sei. Eu amo-o, mas… - Tom não hesitou e beijou Mel. O seu coração disparou. Sentia as chamadas “borboletas no estômago”. O tempo parou. Aquele momento era apenas de Tom e Mel. A única coisa que se movia no quarto eram ambos. Mel caiu na realidade e apercebeu-se do erro que estava a cometer. Ainda não tinha a certeza se queria acabar com Dan e ficar com Tom. Pousou a sua mão sobre o peito de Tom e afastou-o.
- Não Tom…
- Desculpa. Devia ter-me controlado.
- Eu não te quero dar esperanças de algo que pode nunca vir a acontecer.
- Só quero que saibas que… - Tom hesitou. Iria revelar os seus sentimentos, mas tinha medo que Mel o rejeitasse.
- Que?
- Que eu te amo Mel e esperarei por ti o tempo que for necessário. – Mel ficou surpresa com as palavras de Tom. A sua relação poderia nunca vir a resultar, mas Tom não desistia. Mel sorriu e respondeu-lhe.